Por Ramão Carvalho
Desde o
decreto numero 4, de 19 de novembro de 1889, que comemoramos a nossa bandeira
nacional, conhecida e reconhecia como o símbolo máximo dos brasileiros.
[...] O Governo Provisorio da Republica
dos Estados Unidos do Brazil: Considerando que as côres da nossa antiga
bandeira recordam as luctas e as victorias gloriosas do exercito e da armada na
defesa da pátria [...] Considerando, pois, que essas
côres, independentemente da fórma de governo, symbolizam a perpetuidade e
integridade da patria entre as outras nações; Decreta[...] A bandeira adoptada pela Republica
mantem a tradição das antigas côres nacionaes - verde e amarella - do seguinte
modo: um losango amarello em campo verde, tendo no meio a esphera celeste azul,
atravessada por uma zona branca, em sentido obliquo e descendente da esquerda
para a direita, com a legenda - Ordem e Progresso - e ponteada por vinte e uma
estrellas, entre as quaes as da constellação do Cruzeiro, dispostas da sua
situação astronômica... [...]
Texto escrito com a grafia da época.
Aproveitando
a ocasião do dezenove de novembro, dia da Bandeira Nacional, saúdo a todos os
pavilhões do carnaval!
Sem as divinas bandeiras carnavalescas, mantos sagrados da maior festa do mundo, nada seria possível. Não teríamos o desejo de ser campeão, não teríamos energias em prol de um campeonato, de sonhar com um enredo e nele desenvolver canto, dança e encenações... Não teríamos motivo de fazer um desfile grandioso, bonito colorido. Sem os pavilhões sagrados, não teríamos o desejo de encantar o povo com um belo samba, com uma cadenciosa bateria, ou o brilho de uma linda fantasia. De nada valeria tantos ensaios, tanto envolvimento, não fosse este ‘pedaço’ de pano colorido.
A bandeira da
escola de samba é objeto sagrado, sem ele não há magia, não há motivos para se
fazer carnaval. Este objeto celebrado, conforme definiu Nelson da Nóbrega
Fernandes, tem significado ímpar para os sujeitos celebrantes – os carnavalescos.
Este pano com cores e símbolos remonta a história e as origens da entidade, que
Helena Theodoro nos esclarece muito bem:
“[...] a
bandeira que a porta-bandeira carrega representa os antepassados do grupo, os
ancestrais ilustres da comunidade. Quando ela dança e agita a bandeira,
movimenta o ar, passando toda a energia dos fundadores da escola para as
pessoas que estão assistindo...[...]".
Respeitem as
bandeiras da folia! Um salve os pavilhões do carnaval!